T.A.Z

Os conceitos lançados por Hakim Bey tornam-se cada vez mais difundidos no universo do ativismo radical de esquerda. Principalmente o conceito de Zona Autônoma Temporária, mais conhecida pela sigla TAZ (de Temporary Autonomous Zone). A idéia de combater o Poder criando espaços (virtuais ou não) de liberdade que surjam e desapareçam o tempo todo.

Usando de sua inusitada erudição, Hakim Bey cruza as referências mais inesperadas: da filosofia sufi aos situacionistas franceses, de Nietzsche aos dadaístas. E vai buscar precedentes para a TAZ entre os piratas dos séculos XVI e XVII, nos quilombos negros da América e nas efêmeras repúblicas libertárias do início do século XX.

O conceito de TAZ foi imediatamente adotado por ativistas das mais diversas tendências e das mais diversas áreas. Inspirou, por exemplo, muitas das táticas de rua dos manifestantes já nos famosos acontecimentos de Seattle. Mais de uma autoridade policial constatou aterrorizada que era muito difícil acompanhar a estratégia dos manifestantes de formar grupos aleatoriamente, atacar e depois desmanchar aquelas formações para formar outros grupos, com novos objetivos.
A TAZ também foi adotada com entusiasmo por hackers mais politizados em seus combates virtuais contra as autoridades. E também foi adotada, em uma maneira menos virtual, nas raves inglesas, quando o governo inglês criou uma lei que reprime as festas ao ar livre não chanceladas.

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G.A