THEODORA

desenharmaispensarmenosdesenharmaispensarmenosdesnharmaispensarmenos

uma casa na praia
um sofá
7 almofadas
belas novas havaianas
uma cabeça fora do corpo e um corpo fora da cabeça

over and over again

é só segunda feira.

2 comentários:

Duoh disse...: Oi Rita!!!
td bem? lugar no fora do rsrsrs
td ok?
Adorei o contato da dinah estou querendo desenvolver um logo o nome da marca algo p colocar na etiqueta das roupas to inventando vamo ver o q q dah..
Valeu vc é a primeira no meu caderninho de participação Bjos; 24 de setembro de 2007 às 13:25
minutoyoga disse...: Gosto muito de "uma cabeça fora do corpo um corpo fora da cabeça". Quando descobri a Theodora, por acaso, andando na Galeria Ouro Fino, me apeguei a uma blusinha linda, floral azul clarinho, com a ilustração em preto de uma mulher com o dorso separado da cabeça. Nas costas tem botões forrados com o mesmo tecido ao longo da coluna. Comprei na hora, feliz da vida com tanta identificação! Ela tá bem velhinha já, mas não desgrudo e uso até pra dormir. Essa sensação de "descolamento" em relação às coisas...
Bj!; 25 de setembro de 2007 às 11:22

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A THEODORA DE RITA WAINER

Sabe o sonho do gato, ilustração de Nadja de André Breton, aquele escritor francês? Um gato com uma sereia tão longe tão perto, tudo certo, mais ou menos assim, e além do mais com um pássaro na cabeça? Assim é o que lhe parece, desde 2001, Rita Wainer, e a sua Theodora, grife e felina nascida do batismo da gata que bebe o leite da sua casa. O resto é moda.
“Madame, surréalisme c´est moi.” Assim dizia, baseado no surrealismo acima citado, uma camiseta clássica auto-explicativa dessa autora, um dos seus primeiros emblemas que circularam pela cidade de SP. O surrealismo hoje é Rita e Theodora, um surrealismo para driblar o realismo-fantástico, pois tudo tem ficado muito louco por aqui, é ou não é?
Enquanto o realismo-fantástico é aquela coisa da loucura mágica dos Tristes Trópicos, já pra lá do cliclê, R.W. propõe a recuperação do sonho de fato. O delírio como fetiche & luxo desses tempos efêmeros. Ou seja: consuma seu próprio sonho antes que o outro dele se aproprie ou que o danado vire realidade. Se fosse um novo mandamento assim estaria escrito: não é proibido sonhar o sonho do próximo
O sonho do próximo, aliás, sempre pode ser encontrado, democraticamente, na arara do magazine ou no tabuleiro baiano do camelô. Tempos que se avexam e repetem, num piscar de cílios postiços, o que acabou de passar na vista e nas passarelas do mundo inteiro, como se tudo não passasse de um jet lag de um sonho démodé.
R.W.,na idéia mais modesta e simplista possível, seria, antes de ser uma estilista, uma artista ,que usa a moda para explicar seu universo.
Então voltemos ao velho Breton: “O fim da minha inspiração, que é o começo da tua.” Isto é Rita Wainer. Sonho embalado para o seu enredo próprio.

Xico Sá, escritor e jornalista

2 comentários:

G.A

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